História da fotografia e sua evolução
Você conhece a história da fotografia? A fotografia, como meio de comunicação, existe há menos de 200 anos.
Nesse curto período, ela passou de um processo rudimentar, envolvendo produtos químicos perigosos e câmeras complexas, para uma forma prática e ao mesmo tempo sofisticada de capturar e compartilhar imagens em questão de segundos.
Ao longo desse tempo, diversos estudiosos de várias partes do mundo contribuíram para essa evolução, unindo arte e ciência na construção dessa fascinante história. Neste artigo contamos toda a evolução da história da fotografia, como surgiu e toda sua evolução. Leia abaixo!
Quais foram os primeiros fotógrafos?
Em 1827, o cientista francês Joseph Nicéphore Niépce conseguiu criar a primeira imagem fotográfica utilizando uma câmera escura.
Ele fez isso ao colocar uma gravura em uma placa de metal revestida com betume, expondo-a à luz. As áreas mais escuras da gravura bloqueavam a luz, enquanto as mais claras permitiam a reação química na placa.
Após submergir a placa em um solvente, uma imagem foi revelada lentamente. Esse processo, conhecido como heliografia, ou “impressão solar”, foi a primeira tentativa de produzir uma fotografia.
No entanto, o método de Niépce demandava cerca de oito horas de exposição à luz e resultava em imagens que desapareciam com o tempo.
Louis Daguerre, também francês, estava envolvido em pesquisas semelhantes para capturar imagens. Contudo, levaria mais de uma década para que ele conseguisse aprimorar o processo, reduzindo o tempo de exposição para menos de 30 minutos e garantindo que as imagens fossem permanentes.
O que foi o daguerreótipo e quem inventou?
Considerado pelos historiadores como o primeiro método prático de fotografia, o daguerreótipo marcou uma revolução na forma de capturar imagens.
Em 1829, Louis Daguerre firmou uma parceria com Joseph Nicéphore Niépce para aprimorar um processo que Niépce já havia iniciado. Após a morte de Niépce e anos de experimentações, em 1839, Daguerre conseguiu desenvolver um método fotográfico mais eficiente e acessível.
O procedimento do daguerreótipo consistia em fixar a imagem em uma placa de cobre revestida com prata. A superfície prateada era cuidadosamente polida e recoberta com iodo, tornando-se sensível à luz.
A placa, então, era colocada em uma câmera e exposta à luz por alguns minutos.
Após esse tempo, a imagem era gravada e a placa era mergulhada em uma solução de cloreto de prata, o que tornava a imagem permanente, sem risco de desbotamento ao ser exposta à luz.
Com essa inovação na história da fotografia, o daguerreótipo rapidamente se espalhou pela Europa e Estados Unidos. Por volta de 1850, Nova York já abrigava mais de 70 estúdios especializados nesse tipo de fotografia.
A evolução da fotografia rumo ao filme Kodak
Com o passar do tempo, a fotografia foi se tornando mais acessível, atraindo um público cada vez maior.
Em pouco mais de uma década desde a sua invenção, já havia deixado de ser apenas o resultado de uma máquina mecânica e processos químicos, revelando-se uma forma de expressão artística e documental.
Durante a Revolução Industrial, a procura por retratos cresceu entre a classe média, e a fotografia surgiu como uma alternativa mais econômica e ágil em comparação às tradicionais pinturas a óleo.
Os daguerreótipos, em especial, conquistaram popularidade, exibindo cenários urbanos, paisagens naturais e retratos.
No entanto, como os daguerreótipos eram frágeis e difíceis de reproduzir, os fotógrafos passaram a adotar o método de cópia em massa de Talbot.
Uma das grandes inovações que marcou a história da fotografia foi a criação do filme em rolo, introduzido em 1884 por George Eastman. Ele desenvolveu um filme seco em papel que substituiu as placas fotográficas, liberando os fotógrafos da necessidade de transportar grandes caixas com placas e produtos químicos.
Essa revolução culminou em 1888, com o lançamento da primeira câmera portátil Kodak, que já trazia o filme incorporado e tornou a fotografia acessível a praticamente todos.
A evolução na história da fotografia para cores
Um dos momentos mais marcantes na história da fotografia foi a transição do preto e branco para as imagens coloridas.
Esse avanço foi realizado em 1861 por Thomas Sutton, em parceria com o físico James Clerk Maxwell. Eles capturaram três fotografias em preto e branco, utilizando filtros de cores vermelha, verde e azul, e depois projetaram as imagens através de filtros correspondentes.
Esse feito, embora pouco lembrado, teve um impacto significativo no desenvolvimento da fotografia.
Sutton foi o criador da primeira câmera reflex de lente única e da primeira lente grande angular, enquanto Maxwell contribuiu com teorias fundamentais nas áreas de eletromagnetismo, termodinâmica e, claro, a compreensão das cores — algumas das mais relevantes na história da física.
Variações na história da fotografia
Impressões fotográficas
Antigamente, o papel de linho era amplamente utilizado para criar impressões fotográficas.
Essas impressões, feitas em um papel à base de fibra e revestido com uma camada de gelatina, se mostravam bastante duráveis, desde que fossem processadas corretamente.
A sua resistência era ainda maior quando a imagem era tonalizada com sépia (um tom marrom) ou selênio (um tom mais claro e prateado), o que explica a variação de tonalidades observada nas fotos desse período.
Fotografia instantânea
A invenção da fotografia instantânea é creditada ao americano Edwin Herbert Land, inventor e físico que já era famoso por ter criado lentes polarizadas a partir de polímeros sensíveis à luz.
Em 1948, ele apresentou a primeira câmera de filme instantâneo, chamada Land Camera 95.
Nas décadas seguintes, a Polaroid, empresa de Land, aprimorou as câmeras e os filmes preto e branco, que se tornaram rápidos, acessíveis e bastante avançados para a época. Em 1963, a Polaroid lançou o filme colorido, e em 1972, apresentou a icônica câmera dobrável SX-70.
Câmeras modernas
Com o aperfeiçoamento do filme em rolo, George Eastman desenvolveu uma câmera em formato de caixa, projetada para ser simples e acessível ao consumidor comum. Por apenas 22 dólares, qualquer amador poderia adquirir uma câmera com capacidade para 100 fotos.
Após o uso, a câmera, ainda com o filme, era enviada de volta para a fábrica da Kodak. Lá, o filme era removido, processado e impresso. A câmera, então, era recarregada com um novo filme e devolvida ao proprietário.
A famosa promessa da Eastman Kodak, em suas campanhas publicitárias da época, era: “Você aperta o botão, nós fazemos o resto”.
Filtros fotográficos
Frederick Wratten, um inventor e fabricante inglês, foi um dos pioneiros na criação de suprimentos fotográficos, tendo fundado sua empresa em 1878. A sua companhia, a Wratten e Wainwright, produzia e vendia placas de vidro com colódio e placas secas de gelatina.
Em 1906, com o apoio de E.C.K. Mees, Wratten criou as primeiras placas fotográficas pancromáticas na Inglaterra.
No entanto, ele se tornou mais conhecido por seus filtros fotográficos, que receberam o nome de Filtros Wratten, e continuam a ser amplamente utilizados. Eventualmente, sua empresa foi adquirida pela Eastman Kodak em 1912.
Câmeras digitais
A era da história da fotografia digital teve início em 1969, quando foi criado o primeiro dispositivo de carga acoplada (CCD) no Bell Labs.
Já na década de 1980, várias empresas estavam experimentando câmeras digitais. A Canon foi uma das primeiras a apresentar um protótipo em 1984, embora o modelo nunca tenha sido comercializado.
A primeira câmera digital disponível para venda nos Estados Unidos foi a Dycam Model 1, lançada em 1990, com um preço de 600 dólares.
Em seguida, em 1991, foi apresentada a primeira câmera SLR digital, uma Nikon F3 acoplada a uma unidade de armazenamento fabricada pela Kodak. Desde então, as câmeras digitais começaram a superar as câmeras de filme, tornando-se a tecnologia dominante no mercado de fotografia.
Alguma dúvida sobre a história da fotografia? Acompanhe nosso blog e fique por dentro de todas as novidades no mundo das fotos!
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